domingo, 29 de maio de 2011

Terceiro Teaser do "Janeiro Vermelho"

 

Por Erick Diniz, Fabrício Lima e Tom Zé.

Dias Sombrios

Por Fabrício Lima

Sexta à noite o Ministério Público de São Paulo - Aquele mesmo, "mocinho" das causas do povo - realizou mais uma vez uma manobra que já vem se tornando costumeira por parte dessa instituição: No apagar das luzes, bem na véspera da mobilização popular pelo direito de questionar, entrou com um pedido de proibição da mesma - exatamente como fez com a ultima "Marcha da Maconha"- sob a alegação de que esta seria uma mera continuidade da manifestação anterior. Uma "apologia ao crime". Fez desta forma para que não houvesse tempo hábil para as esferas legais superiores reverterem tal desmando.

Amanhecemos mais um sábado reféns das amarras burocráticas de um sistema que não faz mais questão de esconder seus feitos anti-democráticos, como um pavão de plumas abertas cortejando determinados setores da sociedade civil. Some-se a isso a emergência de alguns pensamentos (e pensadores) - esses, convenientemente livres - carregando o bastião da saudade, esperando com fervor a queda do presidente João Goulart do Palácio do Planalto e roendo as unhas pelo desfecho da crise dos mísseis soviéticos instalados em Cuba.

O pior é que, de tão absurdo e fanfarrão o discurso dessas criaturas, a nossa tendência é ignorar levianamente os Bolsonaros, os Azevedos e Mainardis da vida - o ultimo citado, é um legítimo "patriota  sofrendo as agruras de um exílio auto-imposto nos temíveis gulags de Veneza".

As grandes redes de comunicação e seus jornais da noite os tratam com o carinho que se dá a uma pauta polêmica. Como quem, democráticamente, dá o devido espaço ao conflito de idéias divergentes. Porém, não se trata do debate politicamente sensato e necessário, mas sim, apenas  a defesa unilateral  de discursos conflitantes com o seu próprio tempo. O problema de fato, vem com a constatação de que esses bobos alegres não passam de títeres de uma parcela da sociedade civil, extremamente bem articulada e tremendamente poderosa nos pontos mais frágeis de nossa jovem democracia.

Enquanto as pessoas se dividem entre Preta Gil e Jaír Bolsonaro - como se fossem as duas grandes facções do debate maior - a chamada  bancada evangélica é hoje a maior força do nosso legislativo (não que eu desdenhe da boa fé das ovelhas, o que eu temo é para onde aponta o cajado de seus pastores). Nessas horas começo a me questionar se somos de fato um estado laico. E o pobre PMDB? Tem  dentro dele pelo menos 5 ou 6 partidos compartilhando essa mesma sigla. Seu furor ideológica perdeu-se em alguma das mesas da assembleia constituínte. Agem mais como um cupinzeiro voraz e numeroso, com seus caciques devorando todo o poder político que então "situação" consiga lhe disponibilizar (seja quem for a "situção" vigente).

Dentro desse panorama infeliz, eis que vem comendo pelas beiradas o Partido Militar Brasileiro -  e esse, já falhou miseravelmente em cumprir os oito tópicos que enumerou em seu estatuto apenas no sábado da "Marcha da Maconha". Seus pretensos partidários atropelaram sua carta mágna item por item, isso antes mesmo de conseguirem um número nas urnas eletrônicas. Para se tornar de fato, um partido político, o PMB nesscita de 468.890 assinaturas. Só em São Paulo, já conseguiu 18.341 assinaturas.

O surgimento de tal partido não seria tão assustador se esse não fosse um país onde o legislativo legisla em causa própria, o executivo refém das vontades do legislativo, um judiciário que se comporta de maneira seletiva em todas as suas instâncias e a imprensa que age como se fosse o PMDB. O Brasil parece mais uma aristocracia sem corte, cuja revolução nunca saberá se há ou não cabeças para "guilhotinar".

O fato é que, passado o fervor e a comoção da abertura política nos anos 80, os fatos recentes fazem parecer que hoje estamos cada vez mais próximos daqueles anos de chumbo, que só recordamos dos recortes da biblioteca nacional.

A carruagem vai virando abóbora.

segunda-feira, 28 de março de 2011

"Janeiro Vermelho" - Teaser 2 (Brincando de Polícia)


Registro contundente da câmera de Erick Diniz e audio de Jéssica Santos de Souza sobre os acontecimentos do ultimo 17 de março no metrô Anhangabaú: A opinião avalizada de um pesquisador do uso de armas não letais por policia e empresas de segurança e a declaração do comandante da operação alegando que a policia não interferiu em momento algum. O que os seus olhos vêem? 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Casa do Kassab

Após dois meses de manifestações constantes o Movimento Passe Livre São Paulo vai fazer uma visita à casa do prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab - que naquele momento estava com sua comitiva na França - em um ato bem humorado e sem ocorrencias.
Peça: "Casa do Kassab"

Duração: 4'27''

Imagem e Audio: Erick Diniz

Montagem: Erick Diniz

Finalização: Fabrício Lima