sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Samba em Paz

Como previsto chegamos ontem por volta das 16 horas no vão livre do MASP, como no ultimo ato ficamos sem bateria nas duas cameras a primeira coisa que fizemos foi um check list do equipamento (sem a cega confiança nos queridos estagiários que ocorreu da ultima vez - checar bateria por bateria, mesmo pra não acabar com dois cases só fazendo peso) dessa vez um tripé a mais e, de tanto uma amiga falar, acabamos até contando com uma GO PRO 960.

As primeiras impressões ao chegar ao local foram particularmente incomodas. Haviam (muito) mais policiais que manifestantes. O que é perfeitamente natural se considerarmos que chegamos pouco mais de uma hora antes do início do ato. Apesar do Fernando e a equipe dele terem tido problemas com as cameras, tivemos tempo de reunir a minha equipe (Caio -do Núcleo de Comunicação Marginal - Aninha e Cia) conversar com os organizadores dos atos: João Victor e Lucas Legume, para futuramente coletar alguns depoimentos para o filme.

Tudo muito bem, tudo muito bom... Os primeiros problemas. Todos os membros de um pelotão da Polícia Militar de São Paulo presente para garantir nossa escolta e segurança, estavam SEM AS DEVIDAS IDENTIFICAÇÕES. Um deles questionado por um manifestante "onde estavam as identificações?" cinicamente repsondeu "Ficou no batalhão".

Mais tarde uma das nossas cameras pegou - no pulo - um manifestante sendo ameaçado por um policial militar devidamente fardado anunciando para quem quisesse ouvir: "Te pego lá na curva, maluco".

Cacetetes de um lado, paus e pedras de outro. Uma jornalista da Rede Globo de Televisão foi impedida por alguns manifestantes mascarados de documentar o ato. Seu cinegrafista foi ameaçado de ter sua camera quebrada (e que agora fique BEM claro, os autores da ameaça NÃO TINHAM QUALQUER VINCULO COM A COMISSÃO ORGANIZADORA DO ATO).

A reporter desconsolada, desabafou:"*orra meu, eles tão pensando o quê? Eu ando de ônibus também nessa m*erda! Também estou *uta com essa história. Mas é só porque é da 'Globo' os caras querem quebrar vê se eles pegam alguem da Record?! E eles se acham politizados."

O ato que começou por volta das 18h00 terminou lá pelas 20h30. Mais de 4 horas de filmagem, sobrou bateria e, aproveito as ultimas linhas pra agradecer mais uma vez a turma da organização do evento e, no final das contas, sambamos todos em paz, graças a deus.

Próxima etapa, de volta à turma do "Quero o Belas Artes na Consolação".